terça-feira, 15 de abril de 2014

O Nazismo é sempre uma "brincadeira"


 

O antissemitismo - e o Nazismo - não acabaram com o final de II Grande Guerra. Frazier Glenn Cross, mais conhecido como  Frazier "Glenn Miller", é conhecido por padecer dessa doença mental que se chama antissemitismo. Entrou ontem no centro cultural judaico de Johnson County, no Missouri, Estados Unidos, e disparou, matando três pessoas. Gritava "Heil Hitler!", enquanto a Policia o levava, algemado.


 Frazier "Glenn Miller" tinha um longo historial de antissemitismo

Hipocritamente, alguns dizem que ser-se antissemita e plenamente aceitável, porque é tão natural como "não se gostar" de holandeses, ou japoneses, ou esquimós, ou papuas. Mas quem "não gosta" desses grupos humanos limita-se a não gostar. Não os chacina em câmaras de gás, em fogueiras, à bomba, à facada ou a tiro.


A cena do crime, ontem, ao fim do dia

O senhor Frazier "Glenn Miller" decerto que era "apenas" um desses "inofensivos malucos, incultos ou brincalhões" - que é o modo como algumas pessoas se referem, com bonomia, a quem se assume como nazi ou antissemita.
Aqui há tempos confidenciei a um amigo: "Fulano ameaçou-me de morte por eu ser amigo de Israel". A resposta foi: "Lá estás tu com os teus dramatismos! De certeza que foi a brincar!".
O antissemitismo é sempre uma brincadeira, como se constata em mais este exemplo.

As pessoas reuniram-se para chorar as vítimas do tiroteio no Centro Comunitário Judaico, durante uma vigília na noite de domingo, na Igreja Episcopal de São Tomé Apóstolo, em Overland Park. Muitos dos presentes eram estudantes do Liceu de Blue Valley, onde estudava Reat Underwood, uma das vítimas.

Quando fizer "forward" em propaganda antissemita; quando puser o seu "like" nas teorias conspiratórias que culpam os judeus (0,19% da Humanidade) por todos os males do mundo; quando repetir alarvidades como as de Mel Gibson, Mahmoud Ahmadinejad, David IckeRoger Waters, John Galliano, Adolf Hitler e outros doentes mentais, pode estar a ser co-autor moral de tragédias como esta.


1 comentário:

  1. Entretanto já vi os reaccionários do costume a bufar, esbracejar e espumar da boca enquanto gritam "pois, pois, se tivesse sido um muçulmano a disparar aparecia em todas as notícias, como foi um branco varrem para debaixo do tapete". Nada a que não esteja habituado, há quem queira que tudo gire à volta do islão e muçulmanos, dê por onde der.

    Claro está, se tivesse sido um muçulmano a disparar, as notícias seriam mais do género "comunidades muçulmanas pedem reforço de segurança às autoridades com receio de repercussões e ataques retaliatórios". Digo isto com base no que se passou em casos semelhantes. Após o 11 de Setembro, os atentados de Londres e Madrid, Boston, o bárbaro homicídio de Lee Rigby, etc, a resposta da comunidade muçulmana foi sempre essa: receio de ataques retaliatórios que não chegaram a acontecer. Tamaskan, tatamakan - provérbio arábico que significa qualquer coisa como "faz cara de vítima e assumes o controlo".

    E pergunto eu: se tivesse sido um judeu a matar membros de uma comunidade muçulmana (estilo Tsarnaev invertido: http://en.wikipedia.org/wiki/2011_Waltham_triple_murder), quando é que deixaria de ser notícia? Seria sair o jackpot à esquerda caviar (já lá vão quase 20 anos desde o atentado cometido por Timothy McVeigh e é sempre esse o exemplo dado quando lhes pedem por atentados terroristas cometidos por não-muçulmanos).

    A verdade é que há uma proporcionalidade inversa entre a número de crimes de ódio cometidos contra comunidades judaicas e islâmicas e a cobertura noticiosa que recebem. 3 membros de uma comunidade judaica foram mortos por um neo-nazi e a comunidade internacional encolhe os ombros. Mas basta um rumor de que membros da IDF mataram um "palestiniano" em legítima defesa e essa mesma comunidade revolta-se contra os "zionistas invasores e assassinos de crianças". Enfim...

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